Uma das marcas do Alto Alentejo e do Parque Natural da Serra de São Mamede é a proximidade com Espanha. Não precisamos de percorrer muitos quilómetros para ouvirmos outra língua, conhecermos outros costumes. Em Portugal, chamamos a quem vive perto da fronteira, Raianos. Porque a fronteira é a raia.
Viver perto do estrangeiro tem verdadeiras particularidades. Já lá vai o tempo do contrabando, em que determinados produtos entravam e saíam de Portugal por vias menos legais. Já não é sequer preciso apresentar documentos quando passamos para o outro lado. Nem há polícia a controlar as fronteiras. Cruzar esta linha é tão simples como passear dentro do território. Mas depressa nos apercebemos que, apesar da proximidade, há tantas diferenças. Na língua, nos hábitos de vida, na gastronomia.
Na Gazeta Rides adoramos o desafio da subida inclinada, deslumbramo-nos com as paisagens estonteantes do Alto Alentejo e não perdemos uma oportunidade de parar para um reforço energético. Quando chegamos a Espanha, é difícil recusar uma tapa de queso manchego ou um bocadillo de jamón ibérico. Há lá melhor forma de ganhar forças para o regresso?




